sábado, 8 de outubro de 2011

Videoaulas de revisão para o Enem estreiam na web

Na revisão para o Enem, os estudantes contarão a partir deste sábado (08) hoje com um aliado: a coleção de videoaulas preparadas pelo Grupo Positivo numa parceria com o Estadão.edu. Os 51 vídeos da coleção Super Aulas Enem Estadão Positivo - cada aula tem cerca de meia hora - serão exibidos gradativamente até o dia 16.
As Super Aulas podem ser assistidas no endereço enem.estadao.com.br/super-aulas  a partir do momento em que forem ao ar ou ainda resgatadas no arquivo do portal Estadão (estadao.com.br), onde a série completa ficará disponível até o dia 23, segundo e último dia de provas do Enem.

Isabella Olher, de 17 anos, está no 3.º ano do Colégio Argumento, na zona leste de São Paulo, e vai prestar o Enem para cursar Engenharia Química na Unifesp e na UFMG, dentre outras. A revisão na reta final, diz, pode melhorar o desempenho do aluno, repassando conteúdos nos quais não prestou atenção ou não teve em sala. "Quem passa três horas por dia na internet pode assistir a uma videoaula de meia hora", diz.

Para Lucas Guimarães, vice-presidente do grupo Positivo, a parceria com o Estadão.edu junta a estrutura didática e pedagógica da rede ao grande alcance do jornal e de sua plataforma digital. "Com isso, estamos prestando um serviço para todos os estudantes brasileiros que sofrem a angústia e ansiedade em relação às provas e aos conteúdos exigidos", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
     
    Fonte: http://www.atarde.com.br/vestibular/noticia.jsf?id=5774008

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Melhor chutar que deixar em branco

Renata Cafardo - O Estado de S. Paulo
Responsável pelo Enem, presidente do Inep nega sistema antichute
BRASÍLIA - Ainda há esperança para os vestibulandos. Por mais tecnológica e moderna que seja a nova versão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é possível lucrar chutando questões que não se sabe a resposta. O sofisticado modelo estatístico usado pelo Ministério da Educação (MEC) na prova deste ano fez surgir especulações e dúvidas sobre o que fazer para se sair bem. Mas o criador do novo Enem, Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), garante que ainda é melhor escolher uma das alternativas do que deixar a questão em branco.
A afirmação parece óbvia para quem está acostumado ao modelo clássico de vestibulares, em que o número de questões corretas determina a nota. No novo Enem, será levado em conta também quais delas foram respondidas certo ou errado. Esse padrão de respostas do candidato determina em que ponto da escala de notas ele está.
"A nota é um modelo estatístico. Ele (o sistema) não vai pegar o número de questões, é uma outra lógica. Uma pessoa que erra itens fáceis e acerta uns difíceis teve sorte. Não é provável que ela esteja no ponto alto da escala", diz. Por isso, uma questão acertada fora do padrão – um chute – vale menos. "Mas se ele tivesse errado também não ia melhorar a vida dele. Seria até pior."
O Enem será nos dias 3 e 4 de outubro e terá 180 questões. Com a mudança, 24 universidades federais usarão a prova como seu único vestibular. Segundo Reynaldo, os participantes não receberão uma média da prova e sim uma nota para cada uma das quatro áreas: Linguagens e Códigos, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. "Não existe mais a informação: ‘Tirei tantos no Enem’", diz. O exame também será dividido em três blocos, de perguntas fáceis, médias e difíceis. Leia a seguir trechos da entrevista.
Com essa nova tecnologia de prova, como o aluno vai saber a nota que ele tirou ao sair do exame?
Ele não vai saber. Sabe o que ele acertou e o que errou. Sabe o gabarito da prova, mas não vai saber a nota porque ela não é a proporção de acertos.
Quando ele vai saber?
Depois de dois meses. Todo o processo de seleção das universidades só começa depois de divulgado o resultado final. O prazo para divulgação da parte objetiva é 4 de dezembro, a redação será em janeiro. Isso vai para a casa dos alunos e vai estar na internet.
Como a universidade vai usar essa nota para seleção?
São quatro provas. Eu vou dar a escala e a universidade que define o limite para cada curso. É como o Toefl (exame dos EUA para avaliação de inglês). A escala vai de 0 a 660. Então, para ser aceito, a universidade define quantos pontos ela acha que deve ser o mínimo.
Elas estão preparadas para isso?
A gente dá uma ideia para elas da média dos alunos no pré-teste (exame que funcionou como um teste do Enem e foi feito por alunos do ensino médio). Com o tempo, elas vão aprendendo. Mas escolas muito concorridas, como as federais, vão pegar os melhores. Não vai ter efeito nota de corte. Na verdade, ela vai ver quantas vagas ela tem. Por exemplo, tenho cem vagas e vejo quais os cem melhores classificados. O Inep vai oferecer cinco notas, uma de cada área e a redação. A universidade vai definir o peso de cada uma. Na Engenharia, vai dar mais peso para matemática. Com base nisso, o sistema vai calcular uma nota geral para aquele curso. As universidades estão sendo treinadas agora para usar o sistema. Mas eu acho que no começo eles vão dar peso igual para as áreas. Mas depois vão aprendendo e vão mudando.
O aluno vai receber sua média geral da prova?
Não vai ter média geral, só a nota de cada uma das áreas. Serão quatro provas: linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática; ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias. As escalas não são comparáveis. Não existe mais a informação: "Tirei tantos no Enem". Acho que vai ter necessidade da média só na divulgação por escola do Enem, mas não pensei ainda como fazer. O aluno, se quiser, soma e divide por quatro.
O aluno vai poder mudar a escolha do curso depois de ter sua nota?
Sim, ele pode fazer opções depois de fazer a prova. A instituição quer as pessoas com notas maiores. Você tem de simular um leilão. Entra no sistema e dá cinco opções; no dia seguinte, olha suas chances, vê que está em 180º e tem 100 vagas. Aí, troca a ordem, põe outras. Isso pode ser feito nas universidades que estão usando o Enem como exame único.
Como é a escala do Enem?
Estamos definindo a escala. Deve ser de 0 a 100 ou 0 a 1000. A nota de TRI (Teoria de Resposta ao Item, metodologia usada na prova) é aberta. Vai de menos infinito a mais infinito. Porque ela não tem quantidade, ela só tem ordenação.
E o mecanismo contra chute?
Não existe um sistema mágico de identificar as pessoas que chutaram. Mas ele olha padrões prováveis e improváveis. Então, se uma pessoa acerta todos os itens fáceis, médios e acerta um dos difíceis, é bem provável que ela saiba essa, não tenha chutado. Se ela erra os fáceis, erra quase todos os médios e acerta um difícil, ele (o sistema) fala: "Esse cara teve sorte aqui."
A questão é considerada errada?
Não, mas vai ter um peso menor. Há uma escala de notas e olha-se em qual ponto é mais provável que o aluno esteja. A nota é um modelo estatístico. Não vai pegar o número de questões, é uma outra lógica.
Mas esse ponto na escala tem uma representação numérica.
Sim, a representação é a nota dele, mas se ele tivesse errado também não ia melhorar a vida dele. Ia ser até pior. Então não é verdade que não adianta chutar, que é melhor deixar em branco. Mas há um mecanismo de identificar padrões de prova. Qual ponto da escala de 0 a 100 é mais provável que você esteja com essa conduta de respostas? É nesse ponto "x", esta é sua nota.
Com a mudança deste ano, foram adicionados conteúdos a uma prova que só cobrava competências e habilidades?
Não tem prova sem conteúdo. A questão é como tratar os conteúdos. Eu posso aferir se você tem conhecimento. Quem descobriu o Brasil? Pedro Álvares Cabral. Mas compreensão não tem nada a ver com certo e errado. Outra coisa é gerar o que chamamos de habilidade, capacidade de usar aquele conhecimento para realizar tarefas. Não quero saber o que você está aprendendo na escola e sim como você usa o que aprendeu na escola para a vida. Isso é o Pisa (exame internacional feito pela OCDE) e é a mudança radical em exames. Já existia conteúdo no Enem. Mas as habilidades eram muito voltadas para língua, interpretação de texto e escrita e algumas de matemática, mais simples. Estamos aumentando um pouco o grau de dificuldade nas provas e incluindo humanidades e ciências. Não caía praticamente física no Enem. Era uma prova de simples para média. E agora teremos questões mais difíceis.
O Enem então está mais difícil?
Teremos um terço das questões mais simples, um terço médias e um terço difíceis. A gente espera que as questões fáceis o pessoal de Medicina faça muito rápido. Os blocos são identificados. Primeiro vêm as mais fáceis, depois médias e depois difíceis. E as provas vêm separadas por área.
Está pronta a prova?
Está. Eu não vi. A prova final, só umas quatro pessoas viram.
O ministro Fernando Haddad viu a prova?
O ministro não pediu para ver e eu não deixaria. A prova é tecnicamente construída. Dou muita entrevista, por isso não quero ver. Vou ver só no dia. Os montadores fazem a prova de acordo com as habilidades e as dificuldades. É muito técnica a montagem da prova.
Você já disse que o número de questões ainda é alto. Pensa em diminuir?
Vai depender muito da capacidade de discriminar. Tenho de discriminar pessoas muito diferentes. Por isso, quanto mais, melhor. Por exemplo, estou fazendo a prova de salto em altura: eu tenho de pôr sarrafo em várias alturas para discriminar os meninos iniciantes e os melhores atletas. Evidente que, se eu tivesse uma população mais homogênea, não precisava. Para o cara que vai prestar Engenharia, Medicina, não precisava das questões fáceis. Mas aí não consigo discriminar os de EJA (antigo supletivo). Mas acho que vamos discriminar melhor que qualquer vestibular. É impressionante como os nossos vestibulares, tirando a parte de conteúdo, são muito tradicionais na parte técnica. Eles são iguais ao que eram nos anos 70, uma prova clássica. Em alguns que visitei, que prefiro nem falar, as pessoas desconheciam essas tecnologias. O business deles é o vestibular e eles não conhecem metodologias modernas.
Como vê a possibilidade de a USP aderir ao Enem?
É importante, a entrada dela no sistema é um peso grande. Com uma grande adesão, começa a ficar estranho não aderir. Ninguém é obrigado a usar o SAT nos Estados Unidos, mas por que não usá-lo? A Unifesp vai adotar e vai receber a nata dos alunos do Brasil inteiro. Para a USP seria ótimo. Penso que toda grande universidade do mundo quer trazer os melhores alunos. As principais dos EUA vão buscar gente fora do país. Se tem um sistema nacional, é um ganho. Mas essas universidades têm estrutura de vestibular muito sólida, muito antigas.
Como vai ser a identificação do aluno na prova?
Tem o nome, todos eles têm o CPF, que foi fundamental para a gente, é o único numero nacional que permite identificar pessoas. Preciso que cada pessoa esteja ligada a um único número. Mas teremos o processo de caligrafia. Vai ter um campo só para escrever uma frase e, caso necessário, posso usá-lo. Eu posso chamá-lo depois, para checar a caligrafia.

Conjuntos: Igualdade

Igualdades
Tudo bem pessoal? No último artigo sobre Conjuntos, vimos que um conjunto pode ser uma coleção de qualquer objeto, e também aprendemos como determinar este conjunto.
Hoje vamos dar mais um passo na direção deste imenso mundo abstrato.

Igualdades de conjuntos

Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmos elementos. Por exemplo, se:
A = { Conjunto dos números naturais pares maiores do que 5 }

B = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12,...}

C = { 6, 8, 10, 12,...}
Observe que temos três conjuntos, e somente dois deles são iguais. Você sabe diferenciar qual deles não é igual aos outros dois?
Veja o que o conjunto A esta pedindo.
“ Eu quero que você me diga, qual é o { conjunto dos números naturais pares maiores do que 5}”.Então vamos dizer para ele, que o conjunto dos números naturais maiores do que 5 é:
{ 6,8,10,12,...}, logo temos que C=A.
Por que o conjunto B é do conjunto A? Veja que a condição é o conjunto seja maior do que 5. Como o conjunto B tem elementos menores do que 5 {0,2,4}, ele é diferente do conjunto A. Viu como é fácil!
Se A é igual a B, então escrevemos A = B, agora se A é diferente de B, escrevemos A B.
Mais exemplos:
a) O conjunto M={ 1,2} e o conjunto N={ 1, 1, 1, 1, 2, 2, 2, 2, 2, 2,2}. Observe que os dois conjuntos possuem penas dois elementos cada um, e exatamente iguais.
A quantidade de vezes que o elemento aparece no conjunto não é levada em consideração. Então temos que, M=N.
b) A = { x / x2 = 9 } e B = { x / (x – 3)(x + 3) =0 }
Resolvendo a equação de cada conjunto obtemos em ambos os casos que x é igual a 3 ou -3 : A = {-3;3} e B = {-3;3} ,então temos que A=B, pois os elementos são exatamente iguais.
Simbolicamente teríamos A=B <=> (A C B) (B C A)
Por hoje ficamos por aqui. No próximo artigo vamos começar a trabalhar com os conjuntos, vazio, unitário e universo. Se você quer baixar este conteúdo para imprimir acesse o seguinte arquivo: Igualdade de Conjuntos.
Veja também os Exercícios propostos

13 Técnicas para Chutar no Enem.

Técnica é Arte ou Ciência.

Chutar é decidir com informações e/ou conhecimento incompletos.

A grande maioria das nossas decisões é no chute, pois a certeza absoluta é incompatível com a natureza das coisas.

Para aumentar o grau de discriminação e tentar escapar da Técnica do Chute, no ENEM, o INEP sonega informações, aumentando a incerteza e a confusão.
Assim, os itens falsos se tornam parcialmente verdadeiros e os corretos parcialmente falsos.
Livro com 13 técnicas para chute no novo enem. Usem com cuidado e nunca se esqueçam de estudar!

Clique Aqui para baixar o livro.

Boa Sorte.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DICAS PARA VOCÊ SE DAR BEM NO ENEM 2011



- Treine bastante: resolva provas antigas do Enem e simulados.
- Leia muito: livros, revistas jornais. A leitura ajuda a ter paciência com os enunciados e textos das provas. Além disso, o Enem costuma colocar temas atuais nas questões.
- Dedique os esforços a aprender apenas assuntos específicos que ainda geram dúvidas. Revisar todo o conteúdo a essa altura não vai adiantar. Pior, pode estressar.
- Treine a resolução de questões marcando o tempo, precioso no dia das provas, porque elas são muito grandes. Priorize os itens mais rápidos de resolver.

Boa sorte a todos e todas.

Simulado sobre Teoria dos Conjuntos

Oi Pessoal

Segue o simulado sobre Teoria dos Conjuntos para que todos vocês posssam resolver.
Irei resolver esse simulado em sala de aula.
Não deixe de tentar em casa também.
Colocarei o arquivo em dois formatos.
Word e em PDF
Escolha um dos formato para baixar o simulado.

Clique Aqui para baixar o simulado no Formato Word.

Clique Aqui para baixar o simulado no Formato PDF.

Bons Estudos

Abraços

sábado, 3 de setembro de 2011

Como surgiu a matemática?

img02.jpg
As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi reflectindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o "um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do quotidiano, como a contagem e a medida de comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os "Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de definições e o rigor no cálculo das posições dos astros.
A matemática começou por ser "a ciência que tem por objecto a medida e as propriedades das grandezas" (dicionário), mas actualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva. Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao tratamento das noções abstractas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado.
A etnomatemática é um ramo recente da matemática que investiga conhecimentos matemáticos populares ([ 2] p.p. 27-47). E podemos afirmar que todos os povos têm alguns conhecimentos de matemática, mesmo que sejam muito intuitivos tais como medições, proporções, desenhos geométricos que se vêem no artesanato (como a cestaria).
A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das sociedades (Ap. A). Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas.
Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam despender tempo no estudo da matemática. De há quatrocentos anos para cá, a monarquia e o clero deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos envolvidos. E sabendo isso, actualmente poucos são os países em que não se cria matemática nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de matemática.
A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada pelos egípcios nas construção de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos. Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo, arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que olhamos existe a matemática.

A matemática é o problema

Para manter o ritmo da economia, o Brasil precisa importar os profissionais que dominam essa arte exata e mal ensinada nos colégios do país

Manuela Franceschini
Segundo o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a China forma em torno de 400.000 engenheiros por ano; a Índia, em torno de 280.000 e a Coreia, 80.000
Segundo o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a China forma em torno de 400.000 engenheiros por ano; a Índia, em torno de 280.000 e a Coreia, 80.000 (Jeff J Mitchell/Getty Images)
Pouco menos da metade da população com idade entre 15 e 64 anos, com ensino médio e superior completos, pode ser considerada plenamente alfabetizada em matemática
O célebre matemático inglês Godfrey Hardy disse que um teorema não pode ser desfeito. Um teorema, por sua vez, é uma afirmação que pode ser provada. Provou-se, no último relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), por a+b, que a matemática é o ponto mais fraco de 3.292.022 alunos brasileiros. Ironia dos gregos, que batizaram "prazer de aprender" com a palavra mathemátikos. Problema do Brasil, que precisa importar aqueles que concordam com a etimologia dessa arte exata.

Neste ano, o país terá trazido para cá 4.800 engenheiros estrangeiros. A cada ano, são formados 32.000 novos profissionais dessa área. Muito pouco, já que só a indústria automobilística e a Petrobras precisam de 34.000. A conta já foi feita: um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, se a economia crescer 3,5% ao ano, a partir de 2015 nosso estoque de engenheiros não atenderá a demanda e a escassez será um grave problema. Segundo o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a China forma em torno de 400.000 engenheiros por ano. A Índia, em torno de 280.000. A Coreia, 80.000.

O problema, acreditam os especialistas, está na primeira casa decimal. Os primeiros anos da educação básica no Brasil são ensinados por professores que cursaram pedagogia, onde não se ensina matemática. “E a matemática tem peculiaridades. Ela é sequencial, se não aprender a somar, não aprende a multiplicar. Se não aprende a multiplicar, não aprende a dividir. Se em algum momento a criança não foi bem nesse processo, ela está condenada a não ir bem nas outras etapas”, afirma Suely Druck, diretora das Olimpíadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas e professora do curso de matemática da Universidade Federal Fluminense (UFF). “Quando você ensina uma criança que se ela colocar a plantinha no sol e der água vai crescer, ela entende, mesmo sem saber o que acontece exatamente na fotossíntese. Com a matemática não, ela tem que entender tudo desde muito pequena. Isso exige professores preparados, infraestrutura, uma série de fatores. Tem todo um contexto para dar errado.”
Para tentar desfazer o teorema de que brasileiro não sabe e não gosta de matemática, Suely criou o evento que distribui 1.100 medalhas de ouro, 1.800 de prata e 2.700 de bronze. Aqueles que alcançam os 3.000 primeiros lugares recebem uma bolsa de iniciação científica "e são mergulhados em mundo de ciência e tecnologia, de uma maneira que nunca mais queiram viver sem isso”, explica Suely. Eles descobrem algo que estava à disposição deles, e do qual não faziam idéia. “É muito emocionante ver a reação das famílias, aquelas senhoras que chegam a ir carregadas à premiação, para ver o neto receber uma medalha de matemática, uma coisa inalcançável para a maioria delas”, conta.

Essa ciência é mesmo difícil de se dominar no Brasil. Em 2007, o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, entrevistou pessoas de todas as faixas etárias buscando mapear o analfabetismo funcional matemático, um paralelo com o que é feito na área das humanas, identificando aqueles que sabem ler, mas não entendem o que estão lendo. Pouco menos da metade da população com idade entre 15 e 64 anos, com ensino médio e superior completos, pode ser considerada plenamente alfabetizada em matemática.

A Sociedade Brasileira de Matemática identificou o problema, e criou um mestrado profissionalizante, para professores do ensino básico. “Claro que a formação de um professor de matemática não se encerra na própria matemática, é preciso dominar a relação entre o conhecimento matemático e a sua vivência em sala de aula. Mas uma formação sólida dos professores é uma condição sine qua non para um ensino de qualidade”, afirma Maria Aparecida Ruas, representante da instituição. “E saber matemática é uma questão de cidadania, como saber ler e escrever.”
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/a-matematica-e-o-problema

Simuladão ENEM 2010.

Oi Pessoal

Segue o simulado referente ao ENEM 2011.
Iremos resolver as questões em sala de aula.

Espero que todos tenham este material em mãos.

Clique aqui para baixar o simulado.



Abraços

Desempenho em matemática na rede privada é mais que dobro da pública

Prova ABC mediu quantas crianças do 3ª ano sabem somar e subtrair.
Na escola privada, 75% atingiram mínimo esperado; na pública, 32%.

 

Três quartos das crianças do 3º ano do ensino fundamental das escolas particulares sabem o mínimo esperado de matemática, como as operações de somar e subtrair. Já nas escolas públicas, somente uma a cada três conhece o básico do conteúdo desta disciplina nesta série (que tem em sua maioria alunos com oito anos de idade).

Estes dados foram apresentados nesta quinta-feira (25) na divulgação do resultado da Prova ABC, que avaliou a proficiência de 6 mil alunos de 250 escolas públicas e privadas das capitais do país. A avaliação mostrou uma diferença gritante de desempenho entre estudantes de escolas públicas em relação aos alunos de escolas particulares.
Apenas um terço (32,58%) dos alunos da rede pública alcançou o índice de 175 pontos que corresponde ao conhecimento esperado dos alunos desta série segundo escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Já o desempenho na rede privada foi de 74,30%, mais que o dobro do índice dos alunos da rede pública. Esta escala é progressiva e vai até o terceiro ano do ensino médio (500 pontos). Na rede privada, a média foi de 211,2 pontos. Entre as escolas públicas, o desempenho foi de 158,0 pontos.
A Prova ABC mostrou também que 25,59% dos alunos do 3º ano das escolas particulares avaliados conseguiram um desempenho de 250 pontos, o que significa um nível de conhecimento adiantado que lhes permitiram alcançar a média prevista para alunos dois anos mais velhos, do 5º ano. Já entre as crianças de escola pública, somente 3,49% conseguiu tal desempenho (veja quadro abaixo).

Até 75 pontos Até 100 pontos Até 125 pontos Até 150 pontos Até 175 pontos (1) Até 200 pontos Até 225 pontos Até 250 pontos (2) Até 275 pontos
98,94 92,78 80,46 63,09 42,83 26,96 14,74 8,92 3,94
98,64 90,68 75,70 55,09 32,58 17,03 7,12 3,49 0,98
99,87 99,25 95,69 87,67 74,30 57,44 38,17 25,59 13,02

'Sobe um e empresta um'
A prova exigiu dos alunos fazer soma de números com diferentes quantidades de algarismos, inclusive adições que exigiam o famoso “sobe um” (como por exemplo, a soma de 15 + 18, no qual a adição das unidades “cria” uma terceira dezena).
O mesmo foi exigido para subtrações que exigiam um conhecimento mais específico (por exemplo, 40 – 18, no qual não se pode fazer uma subtração simples das unidades 0 e 8). A prova exigiu ainda a resolução de problemas como o cálculo do troco na compra de um objeto; o uso de unidades de medidas padronizadas (litro); a identificação da quantidade de lados de um polígono; a sequencia de números múltiplos de três (3, 6, 9, 12...)
'A culpa não é da criança', diz especialistaA Prova ABC foi organizada pelo Todos pela Educação em parceria com o Instituto Paulo Montenegro /Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A prova também mediu os conhecimentos das crianças em leitura e escrita.
Diante dos resultados, a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, destacou a importância principalmente das prefeituras em investir na educação básica de suas escolas. “A culpa não é da criança. Ela tem o direito de ter 100% do conhecimento. Sem a garantia desse direito dificilmente teremos condições de universalizar a aprendizagem nas demais séries da educação básica”, diz Priscila.
Para o professor Ruben Klein, consultor da Cesgranrio, é urgente a necessidade de se promover políticas públicas de incentivo a aprendizagem de matemática desde a alfabetização. “Esses dados apontam que os baixos desempenhos em matemática apresentados nas pesquisas feitas com alunos que estão terminando o ensino fundamental e, posteriormente, o ensino médio, já começam a serem traçados nos primeiros anos da vida escolar.
Klein salienta que alfabetização não é apenas saber ler e escrever, mas também saber fazer contas de somar e dividir. Na opinião do consultor, a formação de professores que trabalha na rede pública também prejudica o desempenho dos alunos. “Muitos desses professores fizeram o curso de pedagogia e eles próprios não aprenderam matemática corretamente. Dizem que têm como missão ensinar a ler e a escrever. Trabalhar com matemática é uma dificuldade para eles.”
Média de pontos em matemática e percentual de alunos que aprenderam o esperado para o 3º ano

Rede pública Rede privada
Média
Região Pontos Percentual Pontos Percentual Pontos Percentual
BRASIL 158,0 (32,6%) 211,2 (74,3%) 171,1 (42,85%)
Norte 145,4 (21,9%) 196,7  (67,7%) 152,6  (28,3%)
Nordeste 148,9 (25,2%) 186,9 (54,7%) 158,2  (32,4%)
Sudeste 161,9 (35,6%) 224,2 (80,6%) 179,1 (47,9%)
Sul 171,3% (44,5%) 224,9  (86,3%) 185,6  (55,7%)
Centro-Oeste 167,1 (40,6%) 204,2  (78,9%) 176,5 (50,3%)
Fonte: Prova ABC; Todos Pela Educação; Ibope; Fundação Cesgranrio; Inep
Aprendizado sequencial
Para Elon Lages Lima, pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), o aprendizado da criança com os números e as operações matemáticas são a base para uma boa educação e organização de métodos de aprendizagem. “Para estudar matemática precisa de certos hábitos de disciplina, organização, interesses e organização”, destaca Lima.
“Estudo da matemática requer esses hábitos. É um estudo sequencial. No estudo de história o aluno pode errar ao dizer que Cristóvão Colombo descobriu o Brasil, mas pode aprender que Dom Pedro I proclamou a Independência. Agora, em matemática, se a criança não souber somar ou subtrair não vai aprender a multiplicar e dividir. E não vai aprender as equações exigidas nas séries seguintes.”
Leal também vê no investimento na formação dos professores um problema crônico da educação brasileira. “As escolas públicas são mal remuneradas, professores são os que se submetem a salário aviltante. Mesmo assim, para se saber a matemática elementar não é preciso nenhum dom especial.”
Em nota, Malvina Tuttman, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação, afirma que "a Prova ABC mostra qual é o estágio do processo de alfabetização do país e desafia o MEC a investir mais ainda nos três primeiros anos do ensino fundamental com o objetivo de cumprir a meta do Plano Nacional de Educação".

 Fonte: Clique Aqui - G1

POR QUE O SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANO CAIU EM DESUSO?

Na séries iniciais, quando estamos nos familiarizando com nosso sistema de numeração (chamado de sistema de numeração indo-arábico), tomamos conhecimento também de outros sistemas. Destes, o mais conhecido é o romano: aquele com letrinhas no lugar dos algarismos e que ainda hoje é usado em algumas poucas situações.

Uma indagação natural seria: por que este sistema de numeração foi deixado de lado?

A explicação reside em uma diferença fundamental entre o sistema romano e o que usamos hoje: nosso sistema é o que chamamos de "sistema posicional". Ou seja, o valor de um símbolo depende da sua posição no numeral. Por exemplo, em 55 o primeiro 5 não vale 5; vale 50, pois ocupa a posição das dezenas.
Já no sistema de numeração romano os símbolos tinham sempre o mesmo valor. Por exemplo, em XX, cada X vale 10.

Por conta disso, efetuar operações no sistema romano é uma tarefa extremamente desagradável. No nosso sistema, se precisarmos efetuar 13 + 25, fazemos:

  13
+25
  ----
  38

Veja que seguimos uma regrinha bastante simples: somamos unidade com unidade (3 + 5 = 8) e dezena com dezena (1 + 2 = 3). E como faríamos isso no sistema romano? Observe que:

=> 13 no sistema romano fica XIII.

=> 25 no sistema romano fica: XXV.

Portanto:

XIII
XXV
-----
?????


Percebeu a dificuldade? Se uma simples adição já ficou complicada, imagine uma divisão! Por isso é que hoje usamos este sistema apenas para indicar numerais em poucas situações especiais, como as horas em um relógio.