Decisão foi anunciada pelo MEC em razão do adiamento da prova; antes estudante podia escolher até 5 opções.
O ministério promete devolver o valor da taxa de inscrição, de R$ 35, para quem desistiu do exame devido à mudança de data
Os candidatos a vagas em instituições públicas que serão selecionados apenas pelo Enem deverão ter três opções de curso, e não mais cinco.
A mudança deverá ser feita por causa do vazamento da prova do Enem na semana passada, que foi cancelada e remarcada para 5 e 6 de dezembro. As opções serão reduzidas para acelerar o processo de seleção dos alunos, segundo o MEC.
A secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci, espera que a maior parte das vagas seja preenchida já na primeira escolha. Ainda de acordo com ela, o atraso na realização da prova não deverá comprometer o início do ano letivo -o resultado dos exames, segundo ela, sairá até o dia 5 de fevereiro e a matrícula, no final do mês.
Estão em jogo nesse sistema cerca de 45 mil vagas para universidades e institutos tecnológicos federais, além da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense) e da escola de formação do IBGE.
Ao começar a reformulação do Enem, no primeiro semestre, o MEC havia projetado um sistema pelo qual o aluno pudesse se candidatar a até cinco cursos de cinco universidades diferentes no ato da inscrição.
Posteriormente, o ministério decidiu mudar o sistema. O aluno, ao se inscrever, optaria por apenas um curso. Se não fosse selecionado, se inscreveria de novo, processo que ocorreria até cinco vezes.
Notas
Diferentemente dos anos anteriores, em que a nota das questões de múltipla escolha saía antes da média da redação, desta vez o ministério afirma que vai contratar mais corretores para que a nota da redação saia ao mesmo tempo.
No caso do Prouni, programa de bolsas que também utiliza o Enem para selecionar os beneficiados, o MEC estuda mudar o procedimento de matrícula para evitar que o ano letivo atrase. Hoje, antes de começar a frequentar a instituição, o aluno precisa demonstrar que cumpre os requisitos, como o teto de renda familiar de até três salários mínimos. Para os cursos que começam em 2010, o MEC estuda exigir apenas uma declaração do estudante afirmando que se encaixa nos critérios, para só depois ter de comprovar a sua condição.
Taxa
O Ministério da Educação promete devolver o valor da taxa de inscrição, de R$ 35, para quem desistiu do exame devido ao adiamento. Para isso, o candidato deve enviar uma carta para SRTVS quadra 701, bloco M, Edifício Sede do Inep, Brasília DF, CEP 70340-909.
Segundo o ministério, a data e a forma de devolução do dinheiro só serão divulgadas depois do exame.