terça-feira, 29 de setembro de 2009

Enem de 2009 Orientações ao inscrito para as provas de sábado e domingo

Terça-feira, 29 de setembro de 2009

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 será aplicado neste fim de semana, nos dias 3 e 4 de outubro, em 1.829 municípios. No sábado, 3, as provas terão início às 13h, com 4h30 de duração. Será aplicada a prova I — ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias.


No domingo, 4, o exame começa também às 13h, mas com 5h30 de duração. A prova II compreenderá linguagens, códigos e suas tecnologias, mais a redação, e matemática e suas tecnologias.


Os portões de acesso aos locais de prova serão abertos às 12h e fechados às 12h55, pelo horário de Brasília. É recomendável que o inscrito compareça ao local de realização da prova com antecedência de uma hora.


O participante de locais com fuso horário diferente em relação ao de Brasília deve ficar atento. Todas as informações sobre o horário referem-se ao fuso da capital federal.


Confirmação — O cartão de confirmação foi enviado pelos Correios a todos os inscritos. Ele contém o número da inscrição do estudante, a senha de acesso aos resultados individuais e a folha de leitura óptica para as respostas do questionário socioeconômico. O material recebido pelos estudantes também informa os locais de prova, que serão os mesmos nos dois dias.


O participante que não receber o questionário socioeconômico pelos Correios terá a oportunidade de respondê-lo posteriormente. O material ficará disponível para download na página eletrônica do Inep.


Aqueles que não receberam o cartão de confirmação, independentemente dos motivos, poderão fazer a prova no local previsto. Para confirmar esse local, devem buscar a informação na página eletrônica do Enem ou pelo sistema telefônico Fala, Brasil (0800-616161). Podem ainda ser informados por meio de mensagens SMS enviadas aos telefones celulares cadastrados na inscrição. Depois, basta comparecer ao local correto e apresentar documento de identificação, com foto.


O inscrito que necessitar de ajuda pode entrar em contato também pelo endereço eletrônico faleconosco@inep.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .


O que levar — Nos dois dias de prova, o participante deve apresentar original ou cópia, devidamente autenticada, de documento de identificação, cartão de confirmação de inscrição, folha de respostas do questionário socioeconômico, caneta esferográfica de tinta preta, lápis preto nº 2 e borracha macia.


Atendimento especial — Os participantes que informaram, ao se inscrever, a necessidade de atendimento diferenciado terão garantidas as condições necessárias para fazer as provas. Participantes com deficiência visual farão provas em braile, provas em formato digital acessível ou com auxílio de ledores. Aqueles com baixa visão farão provas com caracteres ampliados no corpo 24 (padrão) ou conforme solicitação.


Os surdo-cegos contarão com auxílio de guias-intérpretes e os surdos terão auxílio de intérprete-tradutor da língua brasileira de sinais (Libras).


No caso de participantes com deficiência física ou pessoas com mobilidade reduzida, será garantido o acesso à estrutura física do local do exame. Todos terão uma hora a mais para a realização das provas.


Religião — Os participantes que declararam, na inscrição, professar religiões que guardam os sábados, farão a prova após o pôr-do-sol no primeiro dia do exame. Apesar do horário especial, devem, porém, se apresentar nos locais de prova no mesmo horário que os demais, entre 12h e 12h55. Eles ficarão em salas específicas e também terão 4h30 para concluir a prova.


As provas — O Enem de 2009 terá quatro provas nas áreas de conhecimento de ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias.


Nas provas objetivas, cada área concentrará 45 itens de múltipla escolha, distribuídos em blocos de diferentes níveis de dificuldade. Em cada dia serão distribuídos aos participantes quatro diferentes modelos de prova, todos da mesma cor. Neles, as questões estarão ordenadas de forma diferente.


Quanto à redação, deve ser feita em língua portuguesa e estruturada na forma de texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, a partir de um tema de ordem social, científica, cultural ou política.


Durante a prova, não será admitida nenhuma espécie de consulta ou comunicação entre os inscritos, nem a utilização de livros, manuais, impressos ou anotações, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas ou similares, telefones celulares e aparelhos como pagers, bip, walkman, gravador, mp3 ou superior, relógio com calculadora, canetas eletrônicas ou qualquer outro receptor ou transmissor de mensagens.


Saída — O participante só poderá deixar a sala, com o caderno de prova, quatro horas depois do início do exame, tanto no sábado quanto no domingo. Caso contrário, deve entregar, ao aplicador da sala, o caderno, a folha de respostas da parte objetiva da prova e a folha de redação (no segundo dia).


Por motivos de segurança, o participante só poderá deixar o local de prova duas horas depois do início do exame. Também por razão de segurança, deve evitar o uso de bonés, óculos escuros ou outro objeto que cubra cabelos e orelhas.


Gabaritos — Os gabaritos, as provas dos dois dias e a diretriz para que o participante identifique o respectivo modelo de prova estarão disponíveis na página do Inep no domingo, 4, a partir das 19h.


Imprensa — Este ano, por motivo de segurança, a cobertura da imprensa estará restrita às áreas externas aos locais de prova, antes da entrada dos participantes.


Os profissionais encarregados da execução do Enem não darão entrevistas. Eles não estão autorizados pelo Ministério da Educação a emitir pareceres ou opiniões sobre o exame. Respondem pelo Enem, exclusivamente, as fontes do MEC e do Inep.


Os participantes farão a prova em mais de 113 mil salas por todo o Brasil e serão atendidos diretamente por 290 mil aplicadores de sala, 10.385 coordenadores de aplicação e 15,5 mil profissionais como médicos, psicólogos e funcionários de apoio.


Mais informações na página do Enem.

Assessoria de Comunicação Social

Enem: primeira colocada no simulado diz que o segredo é estudar (quase) sem parar

Enem 2009

29 de setembro de 2009

Por Marina Dias


A estudante Daniela Campos Lara, primeira colocada no simulado do Enem (Foto: Divulgação)

Se alguém pedir para a paulistana Daniela Campos Lara, 22 anos, definir seu perfil de estudante, a resposta será categórica: sou nerd. Daniela está entre os que acham fascinante passar a semana inteira, de segunda a segunda, mergulhada nos estudos. Não por acaso, ficou em primeiro lugar no simulado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), promovido em agosto pelo cursinho Objetivo. Para quem persegue o sucesso nos exames, os especialistas recomendam que períodos de estudo intensivo sejam sempre intercalados com atividades de lazer. Mas Daniela desafia a fórmula: o segredo, segundo ela, é estudar todos os dias e fazer pequenas pausas para banheiro, alimentação e as horas necessárias de sono. Cinema ou passeio com os amigos estão simplesmente fora de cogitação.

Dentre os 32 000 participantes do simulado, Daniela alcançou a maior nota. Como prêmio, ganhou um carro zero quilômetro e mais confiança para as próximas provas. "Sou daquelas alunas que senta na frente e não deixa conversas paralelas atrapalharem a concentração."

O alvo dessa determinação é uma vaga no curso de medicina de alguma universidade pública do país. Para isso, a estudante investe em mais de doze horas de estudo por dia. De segunda a sábado, assiste às aulas no cursinho pela manhã e, após uma pausa para o almoço, dedica-se à revisão da matéria e à resolução de dezenas de exercícios, por outras sete horas seguidas. "Faço paradas rápidas para ir ao banheiro (risos). É tudo muito cronometrado. Os exercícios em casa ajudam a ganhar rapidez e a resolver algumas partes das questões de cabeça", garante.

Estratégia – Para não perder a concentração, no cursinho, Daniela senta-se de frente para o professor e, quando cansa da teoria, abre o livro de exercícios e começa a resolver um atrás do outro. "Procuro direcionar a atenção para explicações de conteúdos que ainda tenho dúvida", afirma. Nada de decorar nomes, tabelas e fórmulas. "O melhor é desenvolver o raciocínio lógico em cima de todas as disciplinas, não apenas em exatas". Há dois exemplos bem característicos dessa estratégia: em história, acompanhar a linha cronológica dos acontecimentos; em biologia, saber o significado dos radicais das palavras que dão nomes a determinados animais.

"Cheguei a fazer noventa questões de química em uma única tarde", relembra. Há dias, porém, em que a estudante assiste a muitas aulas de exatas e, por isso, prefere rever assuntos de história ou geografia. "Estudar depois da aula o oposto do que você viu pela manhã pode ser uma boa saída para a rotina não ficar muito cansativa".

Na prova - "Não começo pela área de conhecimento que tenho mais domínio", explica. "O exercício de número 1 é o primeiro que vou resolver, e assim por diante". Daniela costuma ler a questão duas vezes. Caso não entenda o enunciado ou perceba que não sabe solucionar o desafio de imediato, deixa a questão no fim da fila.

Acontece que, em algumas ocasiões, não há tempo suficiente para voltar à pergunta ou, ainda, pode acontecer do estudante realmente não achar a resposta certa para o que foi proposto. O que fazer? "Nessa hora, é melhor chutar. Não deixar nada em branco, mas chutar consciente, eliminando as alternativas que não fazem muito sentido".

Uma dificuldade – A disciplina mais problemática para Daniela é o português. "Os enunciados são muito grandes e é preciso ler com muita atenção. Geralmente, são as questões que mais demoro a resolver." Para treinar redação, escreve dois textos por semana sobre temas da atualidade. "Cronometro meu tempo e tento não ultrapassar 1h15", explica. Qualquer que seja o assunto, segundo a estudante, a dica é preencher um esqueleto: "no primeiro parágrafo, apresento minha tese e então desenvolvo o assunto com exemplos que justifiquem o que defendi inicialmente. Por último, faço a conclusão, um apanhado sobre tudo o que escrevi".

A tranquilidade na hora da prova, segundo a estudante, faz muita diferença. "Geralmente, fico muito nervosa. Mas desta vez quase não me reconheci. Estava super calma e, com certeza, isso ajudou muito". Modesta, Daniela diz que desconfiou da primeira colocação no simulado: "Quando vi que tinha ficado em primeiro lugar, logo pensei: os melhores não devem ter ido fazer a prova por causa da chuva."

Os assuntos mais esperados no Enem

Por: Margarida Azevedo - JC Online

Até pouco tempo atrás, o estudante que quisesse se dar bem no vestibular deveria não desgrudar dos livros. Eram eles que, aliados às explicações dos professores em sala de aula e aos exercícios feitos na escola ou em casa, garantiam um bom preparo para os concursos.

Mas a nova lógica do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige que os jovens também estejam antenados com os principais assuntos do Brasil e do mundo. E para manter-se atualizado e afiado para as provas, que acontecerão daqui a duas semanas (dias 3 e 4 de outubro), os feras devem valer-se de informações de jornais, revistas, sites e noticiários televisivos.

Acontecimentos importantes, como a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, e o surto mundial de gripe suína, por exemplo, ainda não chegaram às páginas dos livros de história ou biologia.

Para ajudar os vestibulandos na etapa final de preparação para a avaliação nacional, o Jornal do Commercio pediu aos professores de quatro dos maiores colégios do Recife - NAP, Boa Viagem, Atual e Motivo - para elencarem assuntos atuais que, no entendimento deles, merecem atenção especial nesses dias de revisão.

Embora o Enem esteja divido em quatro áreas do conhecimento (ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens), o exame vai cobrar conteúdos de maneira interdisciplinar. A orientação da professora de português do Colégio Boa Viagem Maria Pereira é voltada para a prova de linguagem.

Mas aplica-se também para os outros três testes. "A interpretação é uma das ferramentas essenciais para o bom desempenho no Enem. A leitura de um texto não é um mero ato de decifrar símbolos, mas interagir e produzir sentidos durante a leitura. É nesse processo que se estabelece a interpretação de texto, habilidade que é muito cobrada na prova, com questões que conduzem o fera a aplicar seu conhecimento e dar soluções", observa Maria.

"A leitura frequente de textos coloquiais e formais, quadrinhos, tabelas, gráficos e outdoors é um ótimo exercício, além de manter-se atualizado", complementa a professora Gracineide Regina, referindo à prova de português. Na área de ciências da natureza, que envolve química, física e biologia, professores das três disciplinas do Colégio NAP indicam a importância de revisar o tema energia.

Em química, José Mendes e Alexandre Estevão ressaltam o biodiesel e o petróleo. Rogério Porto, de física, recomenda a relação entre energia e meio ambiente, enquanto Pedro Henrique, de biologia, destaca as novas fontes de energia.

PRÉ-SAL

Para uma boa prova de ciências humanas, o professor de geografia Kiko Santos, do Colégio Atual, também cita a energia, com destaque para o pré-sal e o aproveitamento de outras fontes energéticas. Para Eduardo Belo, professor de matemática do Colégio Motivo, "na proposta do novo Enem, o aluno será cobrado a trabalhar a matemática no cotidiano. Uma dessas possibilidades está inserida no trabalho com gráficos, que em sua maioria são de fácil interpretação", comenta Eduardo.

O Enem terá 180 questões. Serão 45 quesitos para cada uma das quatro áreas, além de uma redação. No primeiro dia, os estudantes terão quatro horas e meia para fazer duas provas: ciências humanas e ciências da natureza. No segundo dia, os testes vão ser de matemática e linguagem, que inclui a escrita de uma dissertação.

Por isso, o tempo de realização das provas será um pouco maior, cinco horas e meia. A orientação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo exame, é de que, em caso de dúvida em um quesito, o estudante chute a resposta. Isso porque, caso deixe a questão em branco, a máquina de leitura ótica, ao corrigir a prova, entenderá que houve erro.