Há alguns anos o modelo de correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi alterado e passou a ser verificado por meio da TRI (Teoria de Resposta ao Item). O modelo garante mais justiça e segurança na correção das provas, mas como ele funciona?
A correção, feita pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), segue um modelo no qual quem acerta mais ganha mais pontos. Isso significa que a TRI tem como foco a questão e não o total de acertos. Cada pergunta é construída com base em três parâmetros: discriminação, dificuldade e acerto casual, ou seja, o chute.
O primeiro parâmetro, de discriminação, permite que pessoas com habilidades diferentes possuam as mesmas chances de acertar uma questão. Com o segundo parâmetro é possível determinar o grau de dificuldade das questões que o candidato acertou.
Já o terceiro parâmetro, de acerto casual, funciona como uma prevenção contra o chute. Nesse item é analisada a consistência das respostas do candidato, o que significa que se você acerta uma questão muito mais complexa do que a sua média de acertos a TRI considera isso como acerto casual e acaba influenciando na sua nota final.
A TRI mede o conhecimento do aluno e não a quantidade de questões decoradas por ele. Por isso, estudantes com médias mais coerentes têm mais chances de alcançar melhores notas. E mesmo que dois alunos acertem o mesmo número de questões, dificilmente alcançarão o mesmo resultado. Por esse motivo, mesmo com o gabarito é impossível saber a sua nota.
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