Lucas Zitti, 18, que presta vestibular neste ano para engenharia civil ou química (ainda não se decidiu), teve de alterar seu planejamento e sua forma de estudo devido às mudanças "em cima da hora" do Enem.
"O número de questões aumentou muito [de 63 para 180], então comecei a me forçar a resolvê-las mais rápido para dar tempo de fazer a prova toda."
Além de treinar "velocidade", o estudante do Etapa começou a se dedicar mais aos conteúdos priorizados no novo exame e que não eram tão cobrados no antigo modelo da prova. Ele concorrerá a vagas de universidades como Ufscar, UniABC e Unifesp, que aderiram ao novo Enem, de forma parcial ou total, já em 2009.
O jovem tem críticas em relação ao novo Enem. Na opinião dele, as mudanças não deveriam ter sido implementadas no mesmo ano em que foram anunciadas.
Ele ainda considera um erro do governo o investimento de tempo e de dinheiro em mudanças no ensino superior enquanto os ensinos fundamental e médio continuam com falhas graves.
"Como o governo não investe como deveria na educação básica, o aluno da escola pública vai ter dificuldades no vestibular, seja na prova do Enem ou em qualquer outra", opina.
Mas Lucas também enxerga pontos positivos no novo exame. Um deles é a possibilidade de o aluno concorrer a vagas de universidades federais fora de São Paulo sem precisar viajar para prestar vestibular. O outro é a economia com as inscrições, já que o aluno paga só a inscrição para o Enem e concorre a várias instituições.
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