Provas do Enem devem ser em 6 e 7 de novembro
UnB Agência
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Previsão é do presidente do Inep. Ministério da Educação realiza reuniões com reitores para avaliar o novo sistema
As provas do Enem deste ano devem ocorrer nos dias 6 e 7 de novembro. A previsão é do presidente do Inep, Joaquim Neto, que apresentou calendário preliminar aos reitores de instituições federais de ensino superior nesta terça-feira, 23 de março. As inscrições no exame estão previstas para o começo de junho até meados de julho.
Até agora, 51 instituições públicas de ensino superior adotaram o Enem como forma de seleção de seus alunos. A UnB vai usar o sistema de seleção unificada do Ministério da Educação a partir de 2011, mas ainda não definiu qual será o critério adotado. “O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade precisa colocar o assunto em pauta ainda neste semestre”, diz o vice-reitor, João Batista de Sousa.
O presidente da Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alan Barbiero, afirma que a entidade vai trabalhar pela antecipação do calendário do Enem. “Queremos ter mais tranquilidade nesse processo”, enfatizou Barbiero. No ano passado, muitas universidades tiveram que adiar a realização de provas e divulgação de resultados por conta do vazamento do Enem.
O presidente do Inep ressaltou que a meta este ano é reforçar a segurança na aplicação do exame. “O Inep vai contratar uma gráfica de segurança máxima. Também estamos em contato com os Correios e fazendo parcerias com as polícias militares dos estados”, disse Joaquim Neto.
PRÓ-ENEM
Nas últimas semanas, o Ministério da Educação tem feito reuniões com reitores de instituições públicas de ensino para fazer uma avaliação do primeiro ano de aplicação do exame unificado “O novo Enem está democratizando o acesso ao ensino superior. Costumávamos ter 28 mil inscritos no vestibular. Com o sistema unificado, foram 107 mil pessoas interessadas”, apontou a professora Maria Lucia Cavalli, reitora da Universidade Federal do Mato Grosso.
Valmar Corrêa de Andrade, reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, rebateu as críticas quanto à ociosidade de vagas do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC. “O vestibular tradicional também enfrenta essa dificuldade. Já tive que fazer três seleções para preencher todas as vagas que ofereço no interior”, contou.
A secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari, ressaltou que o Ministério respeita a autonomia das instituições de ensino e incentiva a discussão do novo Enem nos conselhos universitários. “Não temos uma meta de adesão. Queremos debater em profundidade o sistema de acesso à educação superior. O Brasil é muito grande, em cada lugar a discussão tem contornos próprios”, apontou.